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Editorial

 

Muito mais do que uma revista feminina produzida só por mulheres, a Nuances é uma revista que fala sobre a mulherada. Foi idealizada e desenvolvida especialmente para essa geração de mulheres modernas e antenadas (homens sejam muito bem-vindos). Nesta primeira edição, trazemos pílulas de: cultura e entretenimento, carreira e empreendedorismo, comportamento, saúde e bem-estar, para inspirar e sexo e diversidade. Lotada de mulheres reais, com histórias reais e completamente inspiradoras. Juntas somos mais fortes, não é mesmo? E foi com muito carinho que nasceu essa primeira edição, de tantas outras que estão por vir, que agora está em suas mãos.

 

Enjoy it!

 

 

Redação Revista Nuances

Elas são fanáticas por futebol!

As torcedoras podem até ser (ainda) a minoria, mas já ganharam espaço nas arquibancadas, nas arbitragens e nas imprensas Brasil afora


Ai de quem diga que futebol ainda é “coisa de homem”, pois, sem perder a feminilidade, elas mostram que também gritam, choram e literalmente vestem a camisa quando o assunto é o time do coração. Em contrapartida, existem aquelas que dizem detestar futebol, mas em época de Copa do Mundo vestem a camisa, pintam o rosto de verde e amarelo e entram até no bolão da firma. No entanto, essa presença feminina segue incomodando. E a incorporação delas à turma de torcedores apresenta alguns obstáculos e preconceitos, entre os quais: a dificuldade de legitimação da mulher como cidadã que é capaz de ser sócia de um clube, que compreende aspectos técnicos de uma partida, econômico, social, político e cultural.


Esse quadro se sucede pela construção histórica em torno do futebol e da imagem da mulher e do homem na sociedade. Corinthiana de berço, Aline Sanches, de 29 anos, frequenta os estádios com o pai desde os 10 anos de idade, e hoje faz parte da torcida organizada do timão, a Gaviões da Fiel, “Troco qualquer programa por uma ida ao estádio”, enfatizou a torcedora. E ela nos contou que mesmo depois de casada, arrastou (literalmente) o maridão para o Rio Grande do Sul só para assistir a final da Copa Libertadores da América de 2012. As decorações da casa também puxam para as cores do time, para, segundo ela, dá sorte. Ela não lava de jeito nenhum, o que ela chama de “manto sagrado” na máquina de lavar, “Prefiro a lavar eu mesma, para garantir o cuidado”, contou Aline com risos.


Apesar do crescimento, as torcidas organizadas continuam sendo controladas, em sua maioria, por homens, e aos 24 anos, a jornalista paraense Socorro Coutinho sabia bem o que era ser uma das poucas mulheres interessadas por futebol. Há alguns anos, quando havia um preconceito muito grande entre homens e mulheres (até de próprias mulheres) sobre o esporte tido como “deles”, encarar os olhares tortos por causa de seus gritos frenéticos nas arquibancadas dos estádios, já tinha virado rotina, “Era uma época em que nós mulheres só podíamos frequentar o campo tranquilas, se estivéssemos acompanhadas de algum homem”, lamentou Socorro. Apesar disso, tanta paixão pelo time do São Paulo a levou, ainda estagiária, a pedir para o seu chefe a oportunidade de conseguir acompanhar a cobertura de dentro do estádio. E Bingo! Com um crachá de imprensa ela realizou um grande sonho, conheceu todos os jogadores, e de quebra, ganhou uma camisa autografada pelo ser conterrâneo Paulo Henrique Ganso.



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